Fonte: Financialweb (22/03/2010)
"Custos devem aumentar. Momento é de valorização profissional
Se, por um lado, a transição das normas contábeis para o modelo internacional do IFRS aumentará os investimentos iniciais das empresas, por outro, valorizará o papel dos profissionais financeiros e contábeis, por conta da modificação da percepção do papel. A opinião foi dada pelo presidente da Associação Brasileira das Empresas de Capital Aberto (Abrasca), Antonio Castro, durante o 12º. Congresso Anefac, realizado entre os dias 18 e 21 de março em Angra dos Reis (Rio de Janeiro).
“Para a administração, temos uma série de dificuldades. E uma delas é ler os relatórios financeiros”, ponderou Castro. De acordo com o executivo, pelo fato de o novo modelo ter um número maior de páginas, por conta especificamente das notas explicativas, os custos para a publicação os balanços em jornais de grande circulação será maior.
“Imaginamos que os benefícios serão maiores que os custos”, avaliou. E um ponto positivo é, por sua vez, a revalorização dos profissionais da área. “O envolvimento de conselheiros [de administração] nesse processo é extremamente importante. O IFRS vai demandar um esforço muito grande no desenvolvimento dos próprios conselheiros e no processo de comunicação”, continuou.
Nesse aspecto, o CFO precisa formar uma equipe extremamente competente, porque é com essa base que ele estará tranquilo para assinar os balanços. “Profissionais da área de impostos foram subvalorizados nos últimos anos. O planejamento pode não auxiliar o processo contábil, mas com certeza ajudará em oportunidades futuras”, continuou.
Para a preparação do time, o presidente da Abrasca deu os seguintes direcionamentos:
Criação de uma área de gestão de projetos para coordenar as atividades
Estruturação da equipe com base nos resultados da avaliação dos impactos
Alocação dos recursos suficientes para implementação
Treinamento profissional
“A preocupação maior é a retenção de talentos”, finalizou.
A jornalista viajou a convite da Anefac"
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