domingo, 31 de janeiro de 2010

Memorando de Entendimentos entre IASB, CFC E CPC

Extraída do site do CPC

Nesta última quinta-feira, dia 28, em São Paulo, na BM&FBOVESPA foi assinado o Memorando de Entendimentos entre o International Accounting Standards Board (IASB), o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). O documento é um importante marco na inserção do Brasil no diálogo internacional sobre a elaboração e a adoção de um conjunto de normas contábeis conhecidas como IFRS (International Financial Reporting Standards).

O Brasil é o terceiro país a assinar um memorando com o IASB com esse propósito, tal parceria demonstra a relevância de nosso país como uma das mais importantes lideranças na contabilidade internacional.

Como comprovação de comprometimento do Brasil estiveram presentes ao almoço do anúncio da assinatura importantes dirigentes de empresas listadas, de entidades de mercado, de empresas de auditoria, representantes da CVM, diretores do IASB, além dos membros do CPC e especilistas no assunto, para ouvir Edemir Pinto, presidente da BM&FBOVESPA, Sir David Tweedie, presidente do IASB; o ex-ministro Pedro Malan, trustee do IASCF e o presidente do Conselho Federal de Contabilidade, Juarez Domingues Carneiro, sobre os princípios do acordo de cooperação firmado entre as três entidades, com o objetivo de aprimorar a convergência às normas internacionais no País, além de garantir maior participação das entidades brasileiras nas discussões sobre esse tema.

O documento foi assinado por Sir David Tweedie, pelo IASB, por Juarez Domingues Carneiro, pelo CFC e por Nelson Carvalho, coordenador de Relações Internacionais, pelo CPC, que ao lado de Edison Arisa, coordenador Técnico do CPC e do Prof. Eliseu Martins, importante colaborador no processo, participaram de concorrida coletiva de imprensa.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Desafio será treinar mais de 400 mil contadores

Notícias do CFC (Valor econômico)

A ratificação das normas contábeis internacionais pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) implica a adoção do novo padrão por todas as empresas brasileiras - sejam abertas ou fechadas, grandes ou pequenas - a partir do exercício social de 2010.

Segundo o presidente do CFC, Juarez Domingues Carneiro, isso significa também que 417 mil contadores terão que ser treinados para trabalhar com as novas regras. "Vamos fazer isso com o programa de educação continuada e em parceria com a Fenacon e os Sescons (entidades do setor), para promover treinamentos para multiplicadores, como os docentes", afirmou.

Representando o CFC, Carneiro assinou ontem, ao lado do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), um memorando de entendimentos para troca de informações com o Iasb, órgão responsável pela emissão das normas internacionais de contabilidade.

Para facilitar a vida das pequenas e médias empresas, o CFC aprovou em dezembro a tradução de um pronunciamento específico para o segmento, de pouco mais de 200 páginas, que resume as normas internacionais completas.

Na visão de Pedro Malan, ex-ministro da Fazenda e curador da Fundação Comitê Internacional de Normas Contábeis (Iasc), será extremamente benéfica para o ambiente econômico a adoção do padrão IFRS de contabilidade pelas empresas de pequeno e médio porte do Brasil.

Segundo Nelson Carvalho, membro do CPC, isso pode ajudar a reduzir a taxa de mortalidade dessas empresas. Para ele, a transparência dos números ajudará na gestão das firmas. (FT)

Brasil terá voz em comitê de normas internacionais

Notícia extraída do valor econômico
Fernando Torres, de São Paulo
29/01/2010


Os responsáveis pela elaboração do padrão internacional de contabilidade, conhecido como IFRS, querem que os normativos sejam cada vez mais globais - e menos europeus -, o que acabará deixando os Estados Unidos sem saída em termos de padrão contábil: ou o país se rende e aceita os conceitos ou ficará isolado no mercado financeiro mundial.

Essa estratégia pôde ser percebida ontem quando o presidente do Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (Iasb, na sigla em inglês), David Tweedie, assinou memorando de entendimentos com entidades brasileiras do setor a fim de aumentar a participação do Brasil na formulação de regras contábeis. Amaro Gomes, do Banco Central, é um dos 15 integrantes do Iasb desde 2008.

"Nós não somos do conselho da Europa, não somos americanos, somos globais. A assinatura do memorando é para garantir que vamos ouvir os comentários dos brasileiros. Nem sempre vamos concordar com as sugestões, mas vamos ouvir o que vocês têm a dizer", afirmou Tweedie, que esteve ontem na sede da BM&FBovespa, em São Paulo. Acordos semelhantes foram assinados pelo Iasb apenas com os EUA e a China.

Ao adotar a partir deste ano o IFRS como padrão contábil, o Brasil se junta a um grupo formado hoje por 117 países, sendo a maioria deles da Europa e da Ásia. Outro país importante que decidiu permitir o uso do padrão internacional de contabilidade para as companhias abertas recentemente foi o Japão. Na lista das nações que estão na fila para seguir o mesmo caminho nos próximos anos estão Coreia do Sul, México, Argentina, Cingapura, Malásia e Taiwan. A expectativa de Tweedie é de que mais de 150países estejam usando IFRS dentro de cinco anos.

Em relação à adoção do padrão pelos EUA, o presidente do Iasb diz acreditar que, em 2011, o país dará a opção para que as empresas americanas usem o IFRS, em substituição ao modelo americano, chamado US Gaap. "Anos atrás, os EUA tinham 50% da capitalização de mercado global. Hoje essa fatia é de 30%, por conta do crescimento de mercados como o do Brasil e o da China, entre outros. Ou seja, a participação está caindo. Assim (se não adotarem o IFRS), eles podem acabar sozinhos, e acho que eles não querem ficar isolados no mundo", disse Tweedie.

De fato, os órgãos responsáveis pela contabilidade nos EUA, como a Securities and Exchange Commission (SEC) e o Fasb (análogo ao Iasb, só que americano) já sinalizaram que pretendem aderir em algum momento ao padrão global, mas com a condição de poderem participar da sua formulação.

Ao ser questionado sobre a real possibilidade de Iasb e Fasb alcançarem um consenso sobre pontos de divergência como o alcance do valor justo, Tweedie foi taxativo: "Não vamos convergir a qualquer preço. Vamos manter o que a gente pensa", afirmou.

As diferenças entre o padrão americano de contabilidade e o internacional começam no conceito. Enquanto o IFRS está baseado em princípios e julgamento, o US Gaap é muito mais detalhado. Enquanto as normas internacionais têm um total de 2,5 mil páginas, o padrão americano reúne mais de 17 mil.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Implantação do IFRS nas médias não tem fiscalização

Notícias - Financialweb
28/01/2010

"Segundo Nelson Carvalho, há dois possíveis candidatos para acompanhar a adoção do novo padrão, o CFC e a Receita Federal

Emitido em 16 de dezembro pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), o novo padrão contábil a ser adotado no Brasil este ano, IFRS, voltado para as pequenas e médias empresas pode não vingar para o segmento. Isso porque, de acordo com o coordenador de Relações Internacionais da entidade, Nelson Carvalho, ainda não foi definido quem irá fiscalizar o cumprimento dessas normas.

Segundo Nelson Carvalho, há dois possíveis candidatos para acompanhar a adoção do novo padrão, o CFC e a Receita Federal

Emitido em 16 de dezembro pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), o novo padrão contábil a ser adotado no Brasil este ano, IFRS, voltado para as pequenas e médias empresas pode não vingar para o segmento. Isso porque, de acordo com o coordenador de Relações Internacionais da entidade, Nelson Carvalho, ainda não foi definido quem irá fiscalizar o cumprimento dessas normas.

Há dois candidatos para esse papel, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC), que regulamenta o profissional de contabilidade, e a Receita Federal. Mas ainda não temos isso definido”, explicou.

De acordo com Carvalho, o CFC obrigaria os contadores a trabalhar com o IFRS, o que acabaria forçando os pequenos e médios empreendimentos a adotar o padrão.

O CFC, que atua sobre 73 mil organizações contábeis e mais de 417 mil profissionais de contabilidade, deverá investir na educação continuada para diminuir as dificuldades iniciais encontradas em relação ao IFRS.

No início, a convergência será um desafio, mas estamos firmando convênio com diversas instituições para promover cursos e atualizar os contadores brasileiros”, afirmou o presidente do CFC, Juarez Domingues Carneiro."

CVM edita deliberação que aprova revisão de pronunciamentos contábeis

A Comissão de Valores Mobiliários editou hoje, 28/01, a Deliberação nº 624/10, que aprova o documento de revisão nº 1 do Comitê de Pronunciamento Contábeis (CPC).

De acordo com a CVM, as alterações processadas têm o objetivo de aperfeiçoar a redação e o entendimento dos pronunciamentos do CPC, além de melhor compatibilizá-los ao texto da norma internacional.

Abaixo, as principais mudanças, em resumo:

No CPC 02 - exclui a obrigatoriedade de que os ativos e passivos de uma controlada no exterior, que não se caracterize como entidade independente, sejam integrados às demonstrações individuais da empresa controladora. Segundo a CVM, a norma internacional (IAS 21) não trata dessa matéria e também não alcança as demonstrações individuais.

No CPC 03 - inclui detalhamento sobre a definição de "equivalentes de caixa", especificando que um investimento de curto prazo (até três meses) se qualifica como equivalente de caixa e que determinados saldos bancários a descoberto devem ser incluídos como componente de caixa e não como uma atividade de financiamento.

No CPC 16 - inclui a necessidade de esclarecimento de que os impostos que sejam recuperáveis junto ao Fisco não integram o custo de aquisição dos estoques.

Na OCPC 01 - adequação da redação e maior detalhamento dos encargos financeiros que devem ser capitalizados ou integralmente apropriados ao resultado.

No CPC 26 - inclui um novo modelo de demonstração das mutações do patrimônio líquido, mais didático e ilustrativo, segundo a CVM.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Iasb estuda criar norma para simplificar Fair Value

Depois de muita discussão sobre sua real aplicação, o IASB deverá emitir uma norma sobre o Fair Value (valor justo). Sua implementação ocorrerá para o ano de 2013.

BC reforça obrigatoriedade do IFRS para os bancos

Notícia extraída do FinancialWeb

Em nota à imprensa, órgão afirmou que os balanços consolidados deverão ser apurados já no novo padrão este ano.

Embora as companhias de capital aberto sejam obrigadas a aderir ao padrão contábil internacional, IFRS, para as demonstrações financeiras individuais e consolidadas, os bancos deverão incorporar as novas regras apenas para os balanços consolidados. O esclarecimento foi feito pelo Banco Central (BC) e pela Comissão de Valores Mobiliários na última sexta-feira (22).

“Permanece inalterada a estratégia do Banco Central de incorporação, de forma gradual, das normas internacionais ao arcabouço regulamentar a ser observado na preparação das demonstrações contábeis individuais”, afirmou o órgão em nota oficial.

De acordo com o BC, as normas emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis já recepcionados pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) – CPC 1, CPC 3, CPC 5 e CPC 25 –devem ser observados pelos bancos na elaboração de suas demonstrações contábeis.

“Eventual alteração da norma em vigor ainda não foi discutida no âmbito do Banco Central e depende de uma série de fatores, inclusive de discussões que estão sendo levadas a cabo no âmbito de importantes fóruns internacionais, como o Comitê de Basileia”, disse.

A legislação atual não faz qualquer referência específica ao processo de convergência contábil de bancos. As instituições financeiras podem ter critérios contábeis diferenciados, uma vez que a legislação atual prevê que eles serão estabelecidos pelo CMN”, complementou.

Bovespa cai 1,05%; Petrobras PN tem menor preço em quatro meses

Valor Online

26/01/2010 18:43

A semana é outra, mas a fonte de preocupação que derruba o preço dos ativos na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) continua a mesma: o temor de um aperto monetário na China e a consequência disso sobre o preço das commodities.

O Ibovespa oscilou 1.494 pontos nesta terça-feira, todos em direção de baixa, antes de fechar o dia marcando desvalorização de 1,05%, aos 65.523 pontos. Tal pontuação é a menor desde 13 de novembro. O giro financeiro ficou em R$ 6,47 bilhões. Esse foi o quarto pregão seguido de desvalorização.

Segundo o analista de investimentos da Spinelli Corretora, Max Bueno, as notícias de restrição ao crédito na China trazem dúvidas sobre a continuidade do crescimento acelerado no país, o que leva os agentes a vender commodities e ativos correlatos.

Outro ponto salientado pelo especialista é a reforma do sistema bancário nos Estados Unidos. As restrições às operações de tesouraria atingem uma importante fonte de receita das instituições.

Ainda de acordo com Bueno, as notícias envolvendo a China e os EUA se somam a um pano de fundo marcado pela percepção de um ciclo global de aperto monetário e enfraquecimento do euro por problemas em economias periféricas da Zona do Euro.

"Até que essas incertezas estejam mais claras, a postura defensiva deve predominar. Ainda mais se levarmos em conta os ganhos acumulados nos últimos meses", resume Bueno.

Um sinal dessa cautela é o comportamento do investidor estrangeiro na Bovespa. O saldo de negociação direta que já passou os R$ 900 milhões positivo, passou a ser negativo em R$ 582 milhões no acumulado do mês até o dia 21. Apenas nos pregões dos dias 20 e 21, os estrangeiros venderam mais de R$ 1 bilhão em papéis brasileiros.

No front corporativo, Bueno destaca as siderúrgicas, que defenderam alta. As compras foram estimuladas por dados mostrando recuperação de produção e preços no final de 2009.

Gerdau PN ganhou 0,88%, a R$ 26,28, além dos dados positivos para o setor, a companhia anunciou um programa de recompra de ações. CSN ON se valorizou 0,46%, a R$ 53,85, e Usiminas ON teve acréscimo de 0,69%, a R$ 47,88.

Puxando as perdas, Vale PNA cedeu 2,62%, para R$ 42,60, marcando o quarto dia seguido de baixa. Já Petrobras PN perdeu 2,44%, para fechar a R$ 33,90, menor preço desde setembro do ano passado.

As ações da OGX Petróleo também ajudaram a limitar as perdas do dia. O papel ON ganhou 0,45%, a R$ 17,70. A Bradesco Corretora elevou o preço alvo do papel de R$ 23,9 para R$ 26,5 em dezembro.

Ainda entre os mais negociados, Itaú Unibanco fechou com leve alta de 0,24%, a R$ 36,34, e Bradesco PN ganhou 0,50%, a R$ 31,94. Já Banco do Brasil ON caiu 2,69%, a R$ 27,77.

Destaque de alta para Cesp PNB, que subiu 4,84%, para fechar a R$ 23,60. Também de caráter defensivo, Eletropaulo PNB avançou 4,76%, a R$ 36,26, e Cemig PN se valorizou 4,45%, a R$ 30,70.

No lado oposto, Natura ON recuou 5,38%, fechando a R$ 33,40. LLX Logística ON, Eletrobrás ON, B2W Varejo ON, Fibria ON, BRF Foods ON, JBS ON e TIM Part PN e ON caíram ao menos 3% cada.

Fora do índice, foi registrada uma corrida em direção às ações da Telebrás. O papel PN saltou 23,28%, para R$ 1,80, com mais de R$ 61 milhões em volume. O papel ON ganhou 15,89%, a R$ 1,75.

Os recibos de ações da Laep, que controla a Parmalat, subiram 8,26%, para R$ 2,62, com giro de R$ 59 milhões.

(Eduardo Campos | Valor

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Projeto muda regra para tributação adicional de empresas

por FinancialWeb

26/01/2010

Em tramitação na Câmara, texto propõe aumento do excedente de lucro de R$ 20 mil para R$ 43,7 mil

As empresas que apresentarem lucro acima de R$ 43,7 mil por mês terão de pagar uma alíquota adicional de 10% do imposto de renda, além dos 15% comuns a todas as pessoas jurídicas. Essa é a proposta do Projeto de Lei 6308/09, em tramitação na Câmara Federal, que atualiza o valor do rendimento que sofre tributação adicional, cujo teto atual é de R$ 20 mil.

Receita altera prazos de declarações com assinatura digital

A Receita Federal publicou, nesta terça-feira (26), a Instrução Normativa nº 995 que altera a IN nº 969/09.
A IN nº 969 obrigava o uso da certificação digital na apresentação de declarações pelas empresas de lucro presumido a partir de janeiro de 2010 e essas empresas tinham até junho para se adequar.

Com a IN 995 as micro e pequenas empresas optantes pelo Simples Nacional que ficam de fora da obrigatoriedade, além do novo texto estabelecer prazos diferenciados para entrega das declarações com assinatura digital.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

OFÍCIO-CIRCULAR/CVM/SEP/N°001/2010

Pessoal,

A CVM tornou público OC 001/2010.

De acordo com a Comissão, "Os Ofícios-Circulares emitidos pela Superintendência de Relações com Empresas (SEP) têm como objetivo principal orientar os emissores de valores mobiliários admitidos à negociação em mercados regulamentados sobre aspectos procedimentais que devem ser observados quando do encaminhamento das informações periódicas e eventuais, dentre outros assuntos."

Visitem o site www.cvm.org.br para baixar o arquivo. Bom estudo.

Mercado espera 2010 aquecido para IPOs

ESTADÃO 24/01/2001
Leandro Modé

Expectativa é de que número de empresas que abrirão capital na Bolsa supere largamente o do ano passado

O volume atípico de trabalho para esta época do ano obrigou o executivo Paulo Sergio Dortas a criar uma rotina incomum para quem está de férias. Durante as manhãs e em boa parte das tardes, passeios de barco pelo belo litoral baiano. Ao cair da noite, horas sentado em frente do computador. Dortas é sócio da consultoria Ernst & Young na área de abertura de capital de empresas, operação conhecida pela sigla em inglês IPO.

"O ano está começando aquecido", afirma. "O Brasil certamente continuará a ser um dos principais mercados para IPOs em 2010." No ano passado, o País realizou o maior IPO do mundo ? o do banco Santander, que levantou US$ 7,5 bilhões ? e ocupou a terceira posição do ranking global desse tipo de operação, atrás apenas de China e Estados Unidos.

O desempenho pode ser explicado pelas virtudes do Brasil e pela paradeira lá fora, fruto, claro, da crise econômica global. No total, o País teve seis operações, que levantaram US$ 13,2 bilhões. São números bem mais modestos que os de 2007, quando os IPOs bateram todos os recordes aqui, com 68 operações e volume financeiro de US$ 37,4 bilhões.

Para este ano, nenhum executivo se arrisca a fazer projeções. Mas é certo que a quantidade de operações superará de longe a meia dúzia do ano passado. Em termos de volume financeiro, é difícil estimar, porque 2009 teve duas transações de um porte pouco usual: além de Santander, a da Visanet, que obteve US$ 4,3 bilhões.

Até agora, cinco empresas deram entrada com a documentação necessária para um IPO na Comissão de Valores Mobiliários (CVM): BR Properties, que atua no setor imobiliário, Multiplus, subsidiária da TAM no segmento de fidelização de clientes, Aliansce Shopping Centers, Renova Energia, que atua no segmento de energia renovável, e a International Meal Company (IMC), dona de marcas como Viena, Frango Assado e Brunella. "Mas vem mais por aí", avisa Dortas.

Quem vai debutar no mercado em 2010 será a Aliansce, que apresentou há dez dias os detalhes da operação. O período de reserva para investidores termina na próxima quarta-feira. Estima-se que o negócio possa movimentar pouco mais de R$ 1 bilhão. A Multiplus também está com o processo em fase adiantada, e pretende iniciar a negociação de seus papéis na Bovespa no dia 5 de fevereiro.

A IMC tentou fazer o IPO no ano passado, mas desistiu em meados de dezembro sob a justificativa de que o momento não era favorável. Essas cinco operações, segundo estimativas do mercado, podem movimentar cerca de R$ 5 bilhões.

"Antes da crise financeira internacional iniciada em 2008, havia aproximadamente 45 empresas com processos de abertura de capital registrados na CVM. Considerando que apenas 6 fizeram IPOs no ano passado, acreditamos no grande potencial para listagem de novas empresas durante 2010, principalmente de companhias do setor de varejo", afirmou ao Estado o presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto.

Tamanha movimentação cria terreno fértil para especulações. No mercado, uma das companhias citadas como candidata a fazer um IPO em 2010 é O Boticário. Procurada pela reportagem, a empresa informou, por meio da assessoria de imprensa, que "não tem planos para abrir o capital". Fala-se também que multinacionais podem seguir o exemplo do Santander e captar dinheiro no Brasil para financiar a expansão de seus negócios no País. Nesse contexto, são citadas companhias de varejo, de alimentos e até do setor automobilístico.

O pano de fundo para as expectativas positivas do mercado com os IPOs é o mesmo do segundo semestre do ano passado. "Claramente, o Brasil tem a melhor relação risco-retorno (do mundo) no pós-crise", define o vice presidente executivo de corporate e investment banking do Santander, João Roberto Teixeira. "As perspectivas para o Brasil são excelentes, graças ao tamanho da economia, à estabilidade política e econômica e ao potencial de crescimento", completa o diretor do banco de investimentos do Credit Suisse no País, José Olympio Pereira.

Nesse contexto, os setores que os especialistas identificam como de maior potencial são varejo/consumo (por causa do mercado interno forte), financeiro (expansão do crédito a pessoas físicas e empresas), infraestrutura (Copa do Mundo de 2014, Olimpíada de 2016 e exploração do pré-sal), imobiliário (programa Minha Casa, Minha Vida e alta do crédito ao setor) e óleo e gás (pré-sal).

Outra característica apontada pelos profissionais da área em 2010 é a seletividade. "O mercado não será como em 2007, o que é bom", diz Pereira. Isso não significa, aponta Fabio Mentone, diretor do Bradesco BBI, que só haja espaço para grandes empresas. "Existe mercado para boas histórias."

Responsável pela área de mercado de capitais do banco Morgan Stanley na América Latina, Paulo Mendes confirma. "Os investidores não estão receptivos a qualquer oferta", observa. "Há uma certa arte na forma de fazer isso. É preciso habilidade para acessar o mercado da forma apropriada."

O diretor da Caixa Geral de Depósitos (CGD) Diogo Castro e Silva lembra que, apesar do otimismo global com o Brasil, os investidores estão também muito exigentes. "Como o Brasil está no foco do mercado global, a expectativa com o País cresce. Com ela, aumenta a exigência", afirma.

Geração Y muda ambiente nas auditorias e consultorias

Reportagem extraída do http://www.financialweb.com.br
por Marcelo Gonçalves*

22/01/2010

De acordo com especialista, o aumento da presença jovem nas empresas requer mudança de postura de seus executivos


Esta “nova” geração, chamada de Geração Y e composta essencialmente por jovens de 18 a 30 anos, possui algumas características marcantes que têm provocado mudanças importantes no mercado de trabalho, especialmente para as empresas que apostam na formação de novos talentos, como é o caso das auditorias e consultorias.

Usualmente, quando se fala da geração Y logo a associamos a características como: domínio de recursos tecnológicos, como internet e telefonia celular; capacidade de conduzir tarefas simultâneas; impaciência e aversão a trabalhos sem resultado rápido, claro e mensurável. Dessa geração, não se espera a antiga paciência e compreensão ao explicar-lhes as regras de promoção na empresa, baseadas na sucessão ou aposentadoria de seus atuais gestores. Esta geração quer tudo ao mesmo tempo, e de preferência agora!

No mercado de auditoria, onde um trainee tem em média 23 anos e muitos acabam de sair da faculdade, não há mesmo como negar a presença cada vez maior da Geração Y. O que, para muitos, ainda é uma tendência a ser estudada, para empresas deste segmento é uma realidade cada vez mais presente. E, considerando o plano de carreira acelerado da profissão, logo eles ocuparão cargos de liderança e direção, se já não ocupam. Mas, é bom frisar que, só com muito empenho esta liderança será conquistada.

Se, por um lado, esta geração esbanja disposição, falta-lhe experiência e maturidade. Seus conhecimentos de internet e capacidade de conduzir multitarefas podem ser confundidos com distração e falta de foco. E sua informalidade com insubordinação. É exatamente nesses pontos que os jovens precisam se concentrar se realmente almejam uma rápida ascensão dentro das auditorias e consultorias. Para crescer profissionalmente não basta querer, é preciso estudar, receber treinamento, conhecer a fundo o trabalho e absorver a experiência dos mais velhos. E isso só se consegue com dedicação. É certo que as companhias já se adaptaram a essa nova realidade, afinal, há pelo menos cinco anos os componentes desta geração já estão no mercado de trabalho. Os jovens profissionais, por sua vez, também precisam aceitar as normas da organização onde trabalham. Dessa forma, empresa e colaborador sairão ganhando.

A Geração Y cresceu ouvindo termos como responsabilidade social, crescimento sustentável, globalização, ética e transparência. Estes valores estão presentes em suas crenças e eles não esperam nada menos do que isso de seus superiores e das organizações que representam. Do contrário, rapidamente se moverão, na mesma velocidade em que sua rede pessoal de contatos flui.

Esta situação obriga as empresas a reverem algumas de suas posturas. Os antigos e formais canais de comunicação mudaram, hoje é tudo eletrônico. Nas reuniões periódicas com a liderança, o papo livre, franco e direto é estimulado. As avaliações formais e protocolares de desempenho são substituídas por planos individuais de desempenho, acompanhados por programas de coaching ou mentoring, que permitem a obtenção dos desejados feedbacks.

Esta nova dinâmica tem exigido das empresas uma resposta consciente, adaptando seus processos à nova realidade, transformando profundamente sua forma de atuação. Não se trata de uma onda ou de uma tendência, mas sim do processo de evolução. Afinal, a geração Y não está à nossa porta, mas está dentro de nossas empresas.

* Marcelo Gonçalves é diretor de Operação e de Recursos Humanos da Terco Grant Thornton, auditoria e consultoria

**As opiniões dos artigos/colunistas aqui publicadas refletem unicamente a posição de seu autor, não caracterizando endosso, recomendação ou favorecimento por parte da IT Mídia ou quaisquer outros envolvidos nesta publicação

sábado, 23 de janeiro de 2010

Contabilidade Pública passa por inovações

Foi publicado no diário do dia 17 de dezembro, a portaria no 749, de 15 de dezembro de 2009, aprovando a alteração na Lei 4.320, de 17 de março de 1964, as principais mudanças: dos Anexos 12 - Balanço Orçamentário, 13 - Balanço Financeiro, 14 - Balanço Patrimonial e 15 - Demonstração das variações Patrimoniais. Outra alteração foi a inclusão dos anexos 18 - Demonstração de Fluxo de Caixa, 19 - Demonstração das Mutações no Patrimônio Líquido, e 20 - Demonstração do Resultado econômico