quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Vida longa para a empresa

Extraído: http://www.folhaweb.com.br


Transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade são pilares da governança corporativa que garantem a longevidade das organizações

Curitiba – Em busca de um sistema que facilite a tomada de decisões e ofereça um nível maior de transparência, as empresas brasileiras estão cada vez mais implantando os conceitos de governança corporativa. Os resultados, segundo quem já vive esta experiência, são melhora das relações entre os funcionários e acionistas e mais eficiência operacional e financeira, além de longevidade para a organização.

 Segundo o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), neste sistema de gestão, os princípios da empresa são convertidos em recomendações objetivas. A governança está apoiada em quatro pilares principais: transparência, tratamento a todos com equidade, prestação de contas por parte dos administradores e a responsabilidade corporativa (ver quadro).

"A governança ajuda a definir como a empresa vai crescer, atuar no mercado e ter controle de fraudes, para que a companhia seja transparente", diz o presidente da regional Paraná do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef-PR), Clécio Chiamulera. Ele destaca que uma empresa com governança tem conselho de administração, diretoria executiva, conselho fiscal, assembleia de acionistas e, no mínimo, 20% de conselheiros independentes para cuidar dos interesses dos minoritários. 

Por este ponto de vista, a governança corporativa é uma forma de gestão para grandes companhias. Mas, não é por isso que as menores não possam e não devam trabalhar com conceitos que facilitem a tomada de decisão e as tornem mais transparentes. "Qualquer empresa do mundo pode ter a governança mas, quanto menor a companhia, mais difícil é de separar os papéis", afirma.

Intuitivamente, a Bematech, empresa de automação comercial de Curitiba, já aplica os conceitos de governança corporativa desde sua fundação em 1990. No ano seguinte, o empreendimento, que fez parte da Incubadora Tecnológica do Tecpar (Intec), já tinha seu conselho de administração. Mas, o sistema de gestão propriamente dito foi institucionalizado em 1999. Hoje, a empresa tem uma fábrica de equipamentos em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, uma unidade industrial de softwares em Jundiaí (SP) e está presente em Taiwan e nos Estados Unidos.

Para o diretor Administrativo-financeiro e de Relações com Investidores, Marcos Perillo, com a governança, a empresa ficou mais "valorizada" porque seus investidores agora sabem que a organização está "pautada no zelo, na boa administração, na transparência, na prestação de contas e na equidade". Ele também ressalta que ficou mais fácil para a empresa obter recursos por meio de linhas de financiamento. "A governança veio para ficar. Para onde for a governança, a Bematech vai seguir", afirma.





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