Fonte: https://desafiosdaeducacao.com.br
As instituições de ensino superior (IES) já estão autorizadas a oferecer pós-graduação stricto sensu na modalidade a distância no Brasil. Em dezembro passado, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) publicou uma portaria que regulamenta a atividade.
A nova regra deve ampliar a oferta e a demanda de mestrados e doutorados, abrindo uma nova frente de atuação para as IES. Antes da decisão, as instituições só podiam oferecer pós-graduação online lato sensu, que engloba especializações e MBAs.
Ampliação é positiva
“É uma inovação que vem para ficar”, avalia o vice-presidente executivo do Grupo Universidade Brasil, Décio Corrêa Lima, em entrevista ao portal Desafios da Educação. “Nas melhores universidades do mundo, faz muito tempo que são disponibilizados cursos stricto sensu a distância ou semipresencial.”
A medida, segundo Lima, fortalecerá especialmente as regiões onde há carência de determinados cursos. “Não existe mestrado em Contabilidade no Norte do Brasil, por exemplo. Agora, essa carência poderá ser atendida por meio da opção EAD.”
Para Adriano Pistore, vice-presidente de operações de EAD da Estácio, a portaria não apenas abre espaço para a expansão do mercado de pós-graduação stricto sensu como oficializa um modelo de trabalho contumaz.
“Achei a decisão excelente porque o que mais acontece nesse tipo de curso é orientação EAD. O trabalho entre aluno e orientador sempre foi muito a distância, com o aluno tendo autonomia”, diz Pistore ao Desafios da Educação.
EAD ganha mais força
Para produzir a portaria nº 275, de 18 de dezembro de 2018, a Capes teve o suporte de representantes de oito entidades ligadas ao ensino superior, como a Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed) e a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes). Redigido entre os meses de agosto e novembro, o documento é baseado em características e dados do setor, além de experiências bem-sucedidas de mestrados e doutorados a distância no exterior.
“[A portaria] é o pontapé inicial para tirar o Brasil desse atraso em relação ao que vem ocorrendo no mundo”, disse João Mattar, diretor de desenvolvimento científico da Abed, durante a entrega do texto à Capes.
Os novos mestrados e doutorados a distância ainda assim precisarão manter atividades presenciais. Entre elas estão estágios obrigatórios, seminários integrativos e pesquisa de campo. As atividades podem ser realizadas tanto na sede da IES quanto nos polos de educação a distância.
Para oferecer mestrado e doutorado EAD, os centros universitários deverão ser credenciados junto ao Ministério da Educação (MEC). A Capes deve criar comissões com especialistas em educação a distância para acompanhar e avaliar os cursos periodicamente.
Logo após a autorização da EAD para os cursos de mestrado e doutorado, ainda em dezembro, o governo federal ampliou para 40% a carga horária a distância de graduações presenciais de ensino superior. Além de aquecer o mercado de educação a distância, a portaria deve favorecer a consolidação do ensino híbrido no Brasil.
Muito bom esta de parabéns pelo conteúdo
ResponderExcluirÈ bom mesmo que a EAD ganhe força muito bom conteúdo
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