sexta-feira, 1 de julho de 2011

Diniz afirma que Casino age de forma precipitada e emocionalmente

Extraído do Valor econômico

SÃO PAULO - O empresário Abilio Diniz publicou hoje comunicado na imprensa em que afirma que o grupo francês Casino, sócio do grupo Pão de Açúcar, está agindo de forma "precipitada e emocional" em relação à proposta de fusão do grupo com o Carrefour no Brasil. "Até agora, o Casino se ateve, precipitada e emocionalmente, a condenar uma operação sem qualquer análise. A questão principal, do qual não se deve desviar o foco, é a seguinte: a operação é ou não boa para o Pão de Açúcar?", afirmou.
Diniz informou que o comunicado é uma "resposta às graves e infundadas acusações que me foram feitas pelo Casino". Em nota, o empresário diz ter convicção de que todas as negociações para uma possível associação "foram conduzidas de forma absolutamente legítima, de acordo com a legislação brasileira, os acordos de acionistas e os princípios da ética comercial".
Segundo o comunicado, "o eventual negócio entre Pão de Açúcar e Carrefour envolvendo não só a combinação das operações brasileiras, mas também o mercado internacional, despertou o interesse de investidores que enxergaram uma grande oportunidade, o que ensejou a apresentação, no último dia 27, de uma proposta".
O plano de associação entre Pão de Açúcar e Carrefour foi elaborado pela Gama, companhia controlada por um fundo administrado pelo BTG Pactual, e conta com o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por meio do BNDESPar, o braço de participações do banco estatal.
Ainda de acordo com o comunicado, Diniz afirma que pretende ver a proposta “regularmente apreciada pela companhia e seus acionistas (inclusive o Casino), tendo em vista os melhores interesses do Pão de Açúcar".
Para Diniz, a proposta de fusão tem como objetivo tornar o Pão de Açúcar uma companhia “mais eficiente, mais lucrativa, e com uma governança corporativa mais moderna”. E completa: "um Pão de Açúcar melhor para todos os seus colaboradores, acionistas, administradores e consumidores".
O empresário afirma que a proposta precisa ser analisada "com respeito e seriedade" por todos os acionistas. "Comprometo-me a defender sempre os interesses da companhia e de seus acionistas", afirmou.
Na quinta-feira, Diniz usou o Twitter para dizer que sabe está sendo criticado e que ainda vai contar toda a história sobre as negociações de fusão do Pão de Açúcar com o Carrefour.
(Viviane Maia / Valor)

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