Afif Domingos anuncia sistema que permitirá reduzir o processo de 150 para apenas 5 dias
Edla Lula
elula@brasileconomico.com.br
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O governo promete, para junho, a diminuição do prazo para abertura de 
empresa, da atual média de 150 dias, para apenas 5 dias. De acordo como 
ministro da secretaria da Micro e Pequena Empresa, Afif Domingos, o 
feito se dará graças à implantação da Redesim - Rede Nacional para 
Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios, que 
irá simplificar o processo de abertura e fechamento de empresas.
O assunto será tema da 
primeira reunião do Conselho Interministerial de Avaliação do Simples 
Nacional, a ser instalado amanhã pela presidenta Dilma Rousseff. “Quem 
presidirá as reuniões normalmente será o ministro da micro e pequena 
empresa. Mas, nesta primeira, a presidenta fez questão de comandar”, 
disse o ministro a empresários na reunião do Fórum Permanente das 
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, realizada ontem na 
Confederação Nacional do Comércio (CNC).
De acordo com Domingos, até o 
dia 30 de junho estará no ar o portal Empresa Simples, que possibilitará
 a redução do prazo, porque vai unificar todas as etapas necessárias 
para a abertura da empresa, como a das licenças para o funcionamento, a 
do registro na Junta Comercial e a da inscrição do CNPJ na Receita 
Federal. “O portal permitirá que os dados trafeguem dentro de uma só 
ferramenta, sem que seja necessário o empresário viajar de um órgão para
 o outro”, disse o ministro.
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 Além de facilitar a abertura e o fechamento das empresas, o site será 
uma espécie de “portal de negócios”, informou o ministro. “Haverá espaço
 para a criação de um catálogo empresarial, onde as empresas poderão 
inserir os seus dados e falar dos seus produtos”, sinalizou o ministro. 
Também haverá mecanismo de procura e oferta de tecnologia. 
 Para a meta de redução no prazo ser alcançada, o ministro observa que 
governos estaduais e municipais, em conjunto com empresários, precisam 
aderir localmente à campanha de desburocratização. Para isso, Domingos 
está percorrendo o país naquilo que chama de “caravana da 
simplificação”. Segundo o ministro, o processo hoje é lento porque “cada
 um (estados e municípios) tem uma exigência, cada um tem uma regra. 
Agora haverá um balcão único, com registro único, e a nossa meta é 
diminuir o prazo de abertura e fechamento de empresas. Hoje, são 
aproximadamente 150 dias, vamos reduzir para cinco dias”. 
 Outro assunto na pauta da reunião de amanhã é a votação, no Congresso, 
das mudanças no Estatuto da Micro e Pequena Empresa. A matéria preconiza
 a universalização da entrada das Micro e Pequenas Empresas no Simples, 
independentemente de sua classificação, e a reformulação das regras de 
substituição tributária. O projeto foi aprovado por unanimidade na 
Comissão Especial que tratou do assunto na Câmara no final do ano 
passado e ainda precisa ser apreciado no Plenário da Casa e no Senado. O
 ministro afirmou que obteve do presidente da Câmara, Henrique Alves 
(PMDB – RN), a garantia de que o projeto será votado ainda na primeira 
quinzena de março. 
 Mas o projeto encontra resistência, especialmente na bancada paulista e
 no Ministério da Fazenda, que tem em perdas de arrecadação. Um dos 
pontos polêmicos é que o altera o enquadramento no Supersimples, 
deixando de ser por categoria profissional. O único critério passaria a 
ser o faturamento. Estaria enquadrada qualquer empresa com receita bruta
 anual de até R$ 3,6 milhões. Outro ponto controverso é a mudança na 
forma de cobrança. O projeto propõe extinguir a substituição tributária 
que, no entender de Domingos, faz com que os pequenos paguem mais 
impostos. Para o ministro, esse modelo de tributação acaba por anular os
 benefícios do Simples, já que as micro e pequenas pagam o valor cheio 
do imposto, sema redução a que teriam direito pelo programa. | |
| Fonte: Brasil Econômico | 
 
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